Lelé deixou em Brasília uma série de equipamentos urbanos destinados a humanizar e a facilitar a circulação e a convivência de pessoas pelos espaços públicos. É o caso dos abrigos de ônibus construídos em argamassa armada no Campus Darcy Ribeiro da UnB, do portal de acesso para a Concha Acústica e de algumas passarelas para pedestres espalhadas pelo Distrito Federal. As passarelas, idealizadas no período de funcionamento da Fábrica de Equipamentos Comunitários (FAEC, 1985-1989), em Salvador, são equipamentos de infraestrutura urbana e são caracterizadas pela flexibilidade do sistema projetado, com utilização de cobertura e placas de piso em argamassa armada associadas a uma treliça metálica. Os abrigos para paradas de ônibus, igualmente originais, buscam aliar design, ergonomia e sustentabilidade ambiental. Por fim os bancos com encostos, tão comuns na cidade, concebidos para proporcionar maior interação entre as pessoas em locais de permanência, e não apenas de passagem. Se a vida é realmente a arte do encontro, podemos fomentar espaços mais propícios?